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Boletim n º 43
da Jornada de Luta pela Reforma Urbana e
pelo Direito à Cidade
DIA 1º DE OUTUBRO
Dia Mundial do Habitat
Dia Nacional da Reforma Urbana
DIA MUNDIAL DO HABITAT É MARCADO POR MANIFESTAÇÕES EM TODO O PAÍS. MOVIMENTOS SOCIAIS DENUNCIAM DÉFICIT HABITACIONAL*
PRÉDIOS FORAM OCUPADOS, UNIDADES OCIOSAS RECEBERAM ADESIVOS E O CONFRONTO COM A POLÍCIA DEIXOU UMA PESSOA MORTA EM RECIFE
A comemoração do Dia Mundial do Habitat, 1º de outubro, está sendo marcada por inúmeros protestos em diferentes pontos do país. Movimentos sociais denunciam o déficit habitacional calculado em mais de sete milhões de moradias que contrasta com o número de prédios ociosos que somam cerca de cinco milhões. (Ver dados ao final do texto).
Recife
A Jornada de Luta pela Reforma Urbana e pelo Direito à Cidade, organizada pelo Fórum Nacional de Reforma Urbana, teve seus momentos mais tensos em Recife. A Polícia Militar de Pernambuco tentando reprimir os manifestantes que ocupam o Palácio do Governo lançaram bombas de efeito moral contra mais de 5 mil pessoas que participam do ato causando pânico. Uma mulher morreu em conseqüência do tumulto.
Segundo Reginaldo Santos, da Central de Movimentos Populares (CMP), uma manifestante do MOVIMENTO DE LUTA E RESISTÊNCIA POPULAR (MLRP) passou mal durante a manifestação, foi levada ao hospital, e faleceu. Há feridos e cerca de 10 pessoas foram presas. Os manifestantes, nesse momento, formam comissões para tentar uma audiência do governador EDUARDO CAMPOS e pedem, entre outras coisas, liberdade para os companheiros presos, que o Estado responda pelo falecimento da manifestante e que existam políticas eficazes que garantam a moradia às famílias.
Rio de Janeiro
Durante todo o dia cerca de 150 pessoas estão concentradas em frente à Secretaria de Patrimônio da União, no Centro da Cidade. Integrantes da União de Moradia Popular, Central de Movimentos Populares, Confederação Nacional das Associações de Moradores, movimentos de moradia da área central e o Fórum Estadual de Luta pela Reforma Urbana chamam atenção para a situação do déficit habitacional do Rio e para a morosidade da Gerência Regional da SPU, cuja atuação não contribui para a solução do problema da moradia no Estado. Manifestantes aguardam audiência com o Gerente Regional Paulo Simões.
Outra ação está sendo realizada no Rio por cerca de 160 pessoas ocupam o prédio na rua Senador Dantas, 45, onde já funcionou o Cine Vitória e que está abandonado. Segundo Maria de Lourdes Lopes, que faz parte do Movimento Nacional da Luta pela Moradia, este prédio está há mais de 10 anos vazio. Ele teria sido da Beneficência Portuguesa, que por motivos de atraso nos impostos perdeu o imóvel para a prefeitura. A prefeitura alega que o prédio foi leiloado, mas não há registros no Diário Oficial sobre este leilão. No primeiro andar do prédio funcionou durante anos o Cine Vitória, que era um dos pontos culturais do Centro do Rio.
Como parte da Jornada de Luta pela Reforma Urbana e pelo Direito à Cidade também foi realizada uma manifestação no Centro da Cidade.
São Paulo
Em São Paulo, cerca de 300 pessoas ocupam o prédio da Superintendência do INSS no Largo de Santa Efigênia, centro da cidade. Segundo Benedito Barbosa, o Dito, da Direção Nacional da Central dos Movimentos Populares policiais tentam reprimir o ato que tem como objetivo chamar a atenção dos governantes e da população em relação ao déficit de moradias no país, que hoje chega a quase oito milhões.
Salvador
Em Salvador, há manifestações em diversos pontos. A BR 324, que dá acesso a Salvador, o Largo do Tanque, a rótula do aeroporto, a Avenida Paralela, principal da cidade, e a avenida Bonoco ficaram fechadas durante a manhã por cerca de cinco mil manifestantes. Segundo Idelmário Proença, da Central de Movimentos Populares, de Salvador, estes pontos são de vias estratégicas e param a cidade.
Neste momento (15 horas), os líderes dos movimentos estão em reunião marcada com o secretário de desenvolvimento urbano do Estado da Bahia, Afonso Florence, com a presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), Maria Del Carmem e com a secretária municipal de habitação, Ângela Gordilho, para discutir o assunto.
Curitiba
Prédios vazios de Curitiba amanheceram, nesta segunda-feira, dia 1º de Outubro, cobertos com adesivos onde se lê: "Interditado imóvel que não cumpre sua função social". A ação faz parte das manifestações promovidas pelo Fórum Nacional de Reforma Urbana que marcam o Dia Nacional do Habitat.
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INFORMAÇÕES SOBRE O DIA MUNDIAL DO HABITAT DÉFICIT HABITACIONAL
Segundo o IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística calcula-se que um terço das moradias no país são inadequadas, sem acesso a serviços básicos como saneamento, coleta de lixo e registro de titularidade. Levantamento da Fundação João Pinheiro, em parceria com o Ministério das Cidades, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), revelou que o déficit de moradias no país, com base em dados de 2005, é de sete milhões 903 mil residências.
Os movimentos sociais em todo o país questionam a utilização dos recursos oriundos do PAC, Programa de Aceleração do Crescimento. O PAC prevê investimentos em habitação na ordem de 27,5 bilhões de reais em 2007, 78,8 bilhões de reais de 2008 a 2010, fazendo um total de 106,3 bilhões de reais.
O Fórum Nacional de Reforma Urbana reivindica que a utilização dessas verbas passe pelo monitoramento e controle social, pelos conselhos das cidades, garantindo que elas sejam realmente de interesse da população e beneficiem principalmente famílias com renda de até cinco salários mínimos.
Outras bandeiras levantadas pela jornada são: a necessidade de que os prédios públicos ociosos tenham função social e a implementação de uma política de prevenção a despejos.
O objetivo da jornada é conquistar cidades mais dignas para todos, visando aumentar a visibilidade dos problemas urbanos no Brasil, pressionando o poder público a implementar políticas de promoção do direito à cidade e ampliar a participação e controle social na gestão de nossas cidades. Busca-se cobrar e chamar a atenção das autoridades para que possamos ter cidades mais justas no Brasil, com serviços e equipamentos mais acessíveis, para que todos possam usufruir dos benefícios da vida na cidade.
A Jornada de Luta pela Reforma Urbana é uma iniciativa dos movimentos sociais urbanos CONAM Confederação Nacional de Associações de Moradores, UNMP União Nacional por Moradia Popular, MNLM Movimento Nacional pela Luta Moradia, CMP Central de Movimentos Populares, do Fórum Nacional de Reforma Urbana e dos Fóruns Estaduais e Regionais pela Reforma Urbana e pelo direito à cidade de todo o Brasil. O Fórum Nacional de Reforma Urbana pretende ainda instituir e comemorar neste 1º de outubro, o Dia Nacional da Reforma Urbana e dia nacional de Mobilização nos Estados. Dia 2, mobilização em Brasília.
* Release elaborado pela assessoria de imprensa (Criar-Brasil)
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- Info sobre las luchas de los habitantes de las Américas pulsando aquí
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Manifestamos nuestra más firme solidaridad con el compañero José Manuel Gómez, nueva víctima del Terrorismo de EStado que enluta a Colombia.
Repudiamos con la misma fuerza los hechos que ponen en riesgo su vida y responsabilizamos al gobierno del Dr. Alvaro Uribe Vélez de cualquier agresión que cometan contra el compañero:
Amigos de la PAZ en COLOMBIA y en el MUNDO
CTA. Por Flores, auténtica - Argentina. Compañeros: Aurora Tumanischwili Penelón, Domingo Graco, Jose Salvia, Guillermo López.
Marta Speroni. Activista de Solidaridad con Cuba.
Cristina Castello. Periodista- Poeta.
Amigos de la PAZ en Colombia.
PÚBLICO Índice AI: AMR 23/035/2007
28 de septiembre de 2007
AU 251/07 Temor por la seguridad
COLOMBIA José Manuel Gómez, defensor de los derechos humanos
Su familia
Otro personal de la ONU de derechos humanos Comité Permanente por los Derechos Humanos
El defensor de los derechos humanos José Manuel Gómez recibió el 11 de septiembre, por correo electrónico, una amenaza de muerte de un grupo paramilitar respaldado por el ejército. Es un activista de derechos humanos que trabaja con la ONG Comité Permanente por los Derechos Humanos (CPDH).
El mensaje decía: "Los Terroristas como Usted merecen es la Muerte, no crea que escudándose en las ONG de Derechos Humanos se va a salvar HP guerrillero. Lo declaramos objetivo militar, y estaremos cumpliendo". Estaba firmado por el grupo paramilitar Águilas Negras.
José Manuel Gómez trabajaba para la sección de la CPDH en la ciudad de Barranquilla (departamento del Atlántico), pero se vio obligado a abandonar la ciudad en 2006 a causa de las amenazas de muerte de los paramilitares. En marzo de 2005, un hombre se acercó a él diciendo que era miembro de los Grupos de Acción Unificada por la Libertad Personal (GAULA), una fuerza de seguridad conjunta que, en el departamento del Atlántico, está adscrita a la Brigada II del ejército. Según los informes, el hombre en cuestión le pidió información y le mostró una lista de activistas de derechos humanos de la ciudad de Barranquilla. José Manuel Gómez se negó a cooperar.
El 12 de enero de 2006, un hombre que se había negado a dar a los GAULA información falsa sobre José Manuel y otros trabajadores de derechos humanos de Barranquilla sobrevivió a un atentado con arma de fuego contra su vida en el que murieron dos conocidos suyos. El 19 de julio de 2006, José Manuel Gómez recibió amenazas de muerte de paramilitares por correo electrónico. Además, en marzo de 2006 su nombre se encontró en una lista negra de activistas de derechos humanos en un ordenador en posesión de un dirigente paramilitar perteneciente al Bloque Norte, de las supuestamente desmovilizadas Autodefensas Unidas de Colombia (AUC). Después de todo eso abandonó la ciudad.
ACCIONES RECOMENDADAS: Envíen llamamientos para que lleguen lo más rápidamente posible, en español o en su propio idioma:
- instando a las autoridades a proteger a José Manuel Gómez, su familia y otros miembros del Comité Permanente por los Derechos Humanos (CPDH), de acuerdo con los deseos de los propios afectados;
- pidiendo a las autoridades que ordenen investigaciones exhaustivas e imparciales sobre las amenazas de muerte contra José Manuel Gómez, que hagan públicos sus resultados y que lleven a todos los responsables ante la justicia;
- pidiendo a las autoridades que tomen medidas enérgicas para hacer frente a los grupos paramilitares que actúan en la región y desmantelarlos, y para romper sus vínculos con las fuerzas de seguridad, de acuerdo con las reiteradas recomendaciones de la ONU;
- pidiendo a las autoridades que elaboren políticas y planes, junto con el colectivo de defensores de los derechos humanos, para garantizar la seguridad de este colectivo de acuerdo con los principios de la Declaración de la ONU sobre el Derecho y el Deber de los Individuos, los Grupos y las Instituciones de Promover y Proteger los Derechos Humanos y las Libertades Fundamentales Universalmente Reconocidos, y que hagan públicos dichos planes.
LLAMAMIENTOS A:
Señor Presidente Álvaro Uribe Vélez
Presidente de la República, Palacio de Nariño, Carrera 8 No.7-2, Bogotá, Colombia
Fax: +57 1 337 5890
+57 1 342 0592
Tratamiento: Excmo. Sr. Presidente Uribe
Dr. Francisco Santos Calderón
Vicepresidencia, Carrera 8A No 7-27, Bogotá, Colombia
Fax: +57 1 565 7682
Tratamiento: Estimado Sr. Vicepresidente Santos
Dr. Mario Germán Iguarán Arana
Fiscal General de la Nación, Fiscalía General de la Nación
Diagonal 22B (Av. Luis Carlos Galán No. 52-01) Bloque C, Piso 4
Bogotá, Colombia
Fax: + 57 1 570 2000 (escucharán un mensaje pidiéndoles que marquen la extensión 2017)
Tratamiento: Estimado Sr. Fiscal
COPIA A:
Comité Permanente por la Defensa de los DH (CPDH)
Carrera 6 # 12 - 21 piso 2
Bogotá
y a la representación diplomática de Colombia acreditada en su país.
ENVÍEN SUS LLAMAMIENTOS INMEDIATAMENTE. Consulten con el Secretariado Internacional o con la oficina de su Sección si van a enviarlos después del 9 de noviembre de 2007.
Reflexiones del Comandante en Jefe Las guerras ilegales del imperio Cuando se inicia la guerra de Estados Unidos y sus aliados de la OTAN en Kosovo, Cuba definió de inmediato su posición en la primera página del periódico Granma, el 26 de marzo de 1999. Lo hizo a través de una Declaración de su Ministerio de Relaciones Exteriores con el título de "Cuba convoca a poner fin a la injustificada agresión de la OTAN contra Yugoslavia." Tomo párrafos esenciales de aquella Declaración: "Después de un conjunto de dolorosos y muy manipulados sucesos políticos, prolongados enfrentamientos armados y complejas y poco transparentes negociaciones en torno a la cuestión de Kosovo, la Organización del Tratado del Atlántico Norte lanzó al fin su anunciado y brutal ataque aéreo contra la República Federativa de Yugoslavia, cuyos pueblos fueron los que más heroicamente lucharon en Europa contra las hordas nazis en la Segunda Guerra Mundial. "Esta acción, concebida como 'castigo al gobierno yugoslavo', se realiza al margen del Consejo de Seguridad de la ONU. "La guerra lanzada por la OTAN reaviva los justos temores de la humanidad por la conformación de un unipolarismo insultante, regido por un imperio guerrerista, erigido a sí mismo en policía mundial y capaz de arrastrar a las acciones más descabelladas a sus aliados políticos y militares, de manera similar a como ocurriera a principios y en la primera mitad de este siglo con la creación de bloques belicistas que cubrieron de destrucción, muerte y miseria a Europa, dividiéndola y debilitándola, en tanto los Estados Unidos fortalecían su poderío económico, político y militar. "Cabe preguntarse si el uso y el abuso de la fuerza solucionarán los problemas del mundo y defenderán los derechos humanos de las personas inocentes que hoy mueren bajo los misiles y las bombas que están cayendo sobre un pequeño país de esa culta y civilizada Europa. "El Ministerio de Relaciones Exteriores de la República de Cuba condena enérgicamente esta agresión de la OTAN contra Yugoslavia, liderada por los Estados Unidos. "En estos momentos de sufrimiento y dolor para los pueblos de Yugoslavia, Cuba convoca a la comunidad internacional a movilizar sus esfuerzos para poner inmediato fin a esta injustificada agresión, evitar nuevas y aún más lamentables pérdidas de vidas inocentes y permitirle a esta nación retomar la vía pacífica de las negociaciones para la solución de sus problemas internos, asunto que depende única y exclusivamente de la voluntad soberana y la libre determinación de los pueblos yugoslavos. "La ridícula pretensión de imponer soluciones por la fuerza es incompatible con todo razonamiento civilizado y los principios esenciales del derecho internacional. [¼ ] De continuarse por este camino, las consecuencias podrían ser impredecibles para Europa y para toda la humanidad." Con motivo de estos hechos, había enviado el día anterior un mensaje al presidente Milosevic, a través del embajador yugoslavo en La Habana y de nuestro embajador en Belgrado. "Le ruego comunique al presidente Milosevic lo siguiente: "Después de analizar cuidadosamente todo lo que está sucediendo y los orígenes del actual y peligroso conflicto, nuestro punto de vista es que se está cometiendo un gran crimen contra el pueblo serbio y, a la vez, un enorme error de los agresores, que no podrán sostener, si el pueblo serbio, como en su heroica lucha contra las hordas nazis, es capaz de resistir. "De no cesar tan brutales e injustificables ataques en pleno corazón de Europa, la reacción mundial será aún mayor y mucho más rápida que la que desató la guerra en Vietnam. "Como en ninguna otra ocasión en los últimos tiempos, poderosas fuerzas e intereses mundiales están conscientes de que tal conducta en las relaciones internacionales no puede continuar. "Aunque no tengo relación personal con él, he meditado mucho sobre los problemas del mundo actual, creo tener un sentido de la historia, un concepto de la táctica y la estrategia en la lucha de un pequeño país contra una gran superpotencia y siento un odio profundo hacia la injusticia, por lo que me atrevo a transmitirle una idea en tres palabras: "Resistir, resistir y resistir. "25 de marzo de 1999." Fidel Castro Ruz. 1º de octubre de 2007 6:14 p.m. |
La Máquina asesina
Manuel Hevia Frasquieri
Hace unas semanas la CIA anunciaba la desclasificación de una
importante colección de documentos sobre algunos crímenes y atropellos
cometidos por la Agencia en la década de los años setenta. En fecha
cercana al aniversario 60 de su constitución, la Agencia ambiciona
cerrar una página en su larga y tormentosa historia, a la que su nuevo
director, general Michael Hayden, calificó como una mirada a un
"tiempo muy diferente y una agencia muy diferente¼ Lo que hacemos
ahora para proteger a los americanos, lo hacemos en un poderoso marco
de ley y análisis ".
Resulta sorprendente semejante afirmación del representante de un
gobierno que ha creado "una verdadera máquina de matar, constituida no
solo por la CIA y sus métodos" como señalaba nuestro Comandante Fidel
en sus Reflexiones del 30 de junio del 2007. "Bush ha instrumentado
poderosas y costosas superestructuras de inteligencia y seguridad y ha
convertido a todas las fuerzas de aire, mar y tierra en instrumentos
de poder mundial que llevan la guerra, la injusticia, el hambre y la
muerte a cualquier parte del planeta, para educar a sus habitantes en
el ejercicio de la democracia y la libertad".
LA PATERNIDAD
Su existencia se ha visto sacudida en muchas ocasiones por escándalos,
reformas y pugnas de poder entre el ejecutivo y el Congreso.
Ideológicamente la CIA responde a las ideas más reaccionarias de esa
nación y sus principales líderes han profesado tradicionalmente un
pensamiento conservador y en ocasiones ultraderechista y neofascista,
mientras se autoproclaman amantes de la libertad y la democracia.
La CIA admite un total de 14 estudios que han examinado el sistema de
Inteligencia en EE.UU. desde su constitución en 1947. En realidad,
estos "escrutinios" sobre los servicios de Inteligencia en Estados
Unidos, se han producido después de escándalos o situaciones adversas
en el país, provocadas por errores, ineficiencia, abusos, graves
violaciones de las leyes, descontrol institucional y otras
irregularidades de este aparato.
Uno de estos escándalos se desató el 22 de diciembre de 1974 cuando un
artículo de primera plana en The New York Times, del periodista
Seymour Hersh, anunciaba la participación de la CIA en actividades de
espionaje contra ciudadanos norteamericanos dentro de Estados Unidos,
acción prohibida por sus leyes en esos momentos. Sucesivos artículos
de prensa brindaron nuevas evidencias de otras violaciones, en
particular los complots de asesinato de la Agencia, lo que obligó al
Gobierno del presidente Gerald Ford a actuar. Meses después, el
Congreso inició sus pesquisas.
La CIA reconoce en su estudio "US Intelligence Community Reform
Studies since 1947" de abril del 2005 "que los estudios más relevantes
de inteligencia en los años setenta vinieron de la loma del
Capitolio". Se refieren visiblemente a los Comités Selectos del
Congreso, encabezados por el senador demócrata por Idaho, Frank Church
(1975), a nombre del Senado, y por el representante demócrata de Nueva
York, Otis Pike (1976), por la Cámara de Representantes, que pusieron
al descubierto, entre otros muchos crímenes, la responsabilidad de la
Agencia en los intentos de asesinato contra jefes de Gobierno
extranjeros que no eran del agrado del gobierno de Estados Unidos.
A pesar de ligerezas y justificaciones, las sesiones, comparecencias y
documentos finales del Comité Church pusieron al descubierto la
peligrosidad y el descontrol gubernamental sobre las acciones
encubiertas de la CIA. El Comité condenó el uso del homicidio como
instrumento de la política extranjera y dedicó un exhaustivo análisis
a los intentos de magnicidio contra líderes extranjeros, incluido el
Presidente Fidel Castro.
La investigación del Comité Pike de la Cámara de Representantes
lesionó los intereses de la ultraderecha. Su acción confrontó desde un
principio una fuerte oposición. Según el conocido historiador de la
CIA Gerald K. Haines, la Agencia, con la cooperación estrecha de la
Casa Blanca, desafió las investigaciones del Comité Pike, cuando este
anunció que investigaría 10 años de acciones encubiertas de la CIA, en
particular su intervención en las elecciones italianas de 1972, la
ayuda encubierta a los kurdos en Iraq entre 1972 - 1975 y la
participación secreta en los sucesos de Angola en este último año. Por
indicaciones de la Casa Blanca, muchos funcionarios de la agencia se
negaron a testificar sobre estas operaciones en sesión abierta ante el Comité.
Al final, los esfuerzos del Comité fueron bloqueados y la Cámara de
Representantes desaprobó la divulgación del informe definitivo.
Según Haines, el senador Pike expresó tiempo después: "Una cosa que
realmente no concordé con el senador Frank Church fue su
caracterización de la CIA como 'un elefante suelto'. La CIA nunca hizo
algo que la Casa Blanca no quisiera".
OPERACIONES ENCUBIERTAS
Ningún servicio de inteligencia en el mundo posee un mayor potencial
destructivo que la CIA, que nada tiene que ver con el clásico trabajo
de obtención de información. Las denominadas "covert actions" incluyen
el complot y la guerra sucia, el sabotaje económico, la propaganda
"negra", los secuestros, asesinatos y golpes de estado. Son expresión
de una forma de terrorismo fascista.
En un memorando desclasificado del 24 de mayo de 1948, a menos de un
año de constituirse la Agencia, dirigido al Secretario Ejecutivo del
Consejo de Seguridad Nacional de EE.UU., el primer director de la
Central de Inteligencia, R. N. Hillenkoentter, intentó acuñar dentro
de un status "legal" la noción del término "operaciones encubiertas" y
su correspondiente aplicación.
En aquel documento secreto, desclasificado muchos años después por la
CIA, calificaron de "operaciones encubiertas" en "tiempo de paz" a la
"propaganda negra, incluyendo la subversión moral, la ayuda a
movimientos clandestinos y apoyo a movimientos de resistencia" lo que
constituía una nueva forma activa de terrorismo contra cualquier país
que no fuera de su agrado político.
En un segundo grupo incorporaron "las acciones positivas, que implican
sabotaje, antisabotaje, demolición, subversión, contra estados
hostiles, apoyo a las guerrillas y evacuación", o lo que es lo mismo,
terrorismo abierto mediante el asesinato y el uso de cualquier medio
de destrucción no solo en caso de guerra, sino cuando consideraran que
su seguridad nacional estuviera en peligro.
Poco después, en 1948, las Directivas NSC-4/A y NSC-10/2 legalizaron
muchas de las operaciones subversivas que la CIA venía realizando
desde su creación, la más destacada sin duda hasta ese momento, la
maniobra que bloqueó el acceso al poder de los comunistas en Italia en
las elecciones de ese año, según diversas fuentes.
Pero quizás el momento más trascendente en el orden estructural de la
CIA lo constituyó la creación de su órgano de operaciones encubiertas
a cargo del veterano oficial del OSS Frank Wisner, que fue bautizada
con el nombre de Oficina de Coordinación Política, encargada de la
subversión contra estados hostiles, sabotaje, demolición, apoyo a
grupos de resistencia clandestinos y a elementos anticomunistas. En
1952 esta oficina era ya conocida como Directorio de Planes de la CIA,
con el control del 75% del presupuesto de la Agencia.
En 1950, bajo la dirección del nuevo Director de la CIA Walter Bedell
Smith, la historia recoge una de las primeras operaciones encubiertas
en "tiempo de paz", bajo el principio de la negación plausible, como
el derrocamiento del primer ministro iraní Mohhamed Mossadegh, a raíz
de la nacionalización de yacimientos petroleros en esa nación.
En 1954, para anticiparse a una indagación del Congreso sobre las
acciones encubiertas de la CIA, el presidente Eisenhower promocionó un
estudio conocido como informe Doolittle que defendía la tesis de que
"Estados Unidos tenía que abandonar sus tradicionales conceptos de
juego limpio frente a un "implacable enemigo" y "aprender a subvertir,
sabotear y destruir a nuestros enemigos por métodos más astutos, más
sofisticados y más eficaces que aquellos utilizados contra nosotros".
En ese año, la CIA organizó el golpe de Estado contra el gobierno
popular de Juan Jacobo Arbenz, bautizado como Operación PBSUCCESS.
Aquella operación subversiva contra un pequeño país centroamericano,
marcó el inicio de un proceso de represión y torturas que llevó a la
muerte a más de 200 000 guatemaltecos en los años siguientes.
Eisenhower y la CIA asumieron erróneamente años después que aquel
modelo subversivo aplicado en Guatemala tendría posibilidades en la
Cuba revolucionaria.
El golpe de Estado devenido en genocidio en Guatemala constituyó el
punto de partida de una espiral ascendente de crímenes y atropellos
del imperio norteamericano. Desde entonces la sigla CIA, expresión de
aquel poder tenebroso se vería asociada a los proyectos y operaciones
secretas más insólitas y brutales: Pluto, Mangosta, Múltiple Vía, JM
Wave, Cuerpos de Paz, Camelot, MKultra, Mockingbird, Phoenix, Cynthia,
Canal I y II, Operación Chile, Irán-Contra, entre otras muchas. El
ejemplo de "democracia universal" que Estados Unidos pretende
imponerle al mundo, palidece en cada uno de esos engendros.
Ningún país en el mundo ha sido objeto de tan prolongado asedio por
parte de la Agencia Central de Inteligencia en estas seis décadas de
su existencia.
Algunos prominentes personajes de esta Agencia desempeñarían un activo
papel en hechos históricos que antecedieron el triunfo revolucionario
de 1959 o contribuyeron de forma muy activa en los intentos por
derrocar la Revolución cubana y asesinar a Fidel a lo largo de muchos
años. En primer lugar, los que desde el cargo de jefes de la CIA
asumieron la mayor responsabilidad en la guerra sucia desatada contra
Cuba en los primeros años, como el propio Allen Dulles, (1953-61),
John A. Mc.Cone (1961-65), William F. Raborn (1965-66) y Richard
Helms,(1966-73).
Otros personajes llegarían más tarde a la cúpula a partir de los años
70, también con un importante desempeño histórico en el trabajo
operativo encubierto anticubano como William Colby, (1973-76) George
Bush (1976-77), William Casey (1981-87) o Poster Goss (2005-06),
experimentados oficiales de inteligencia, algunos graduados en
universidades élites o de una profunda convicción anticomunista y
estrechos vínculos con la ultraderecha y el Complejo Militar
Industrial de esa nación.
Otros oficiales, de no menor rango, con un importante aval terrorista
anticubano, anticomunistas por naturaleza o de un definido pensamiento
conservador. Aborrecidos y olvidados algunos, otros condecorados por
sus crímenes. Aquellos jefes y altos oficiales de la CIA contribuyeron
activamente a la preparación y dirección de connotados terroristas de
origen cubano en la primera mitad de los años 60 que llevaron la
muerte y la destrucción al suelo cubano, muchos de los cuales
continúan sus actos criminales contra Cuba desde su refugio en EE.UU.
LA CIA Y LOS CUERPOS REPRESIVOS BATISTIANOS
El interés sobre Cuba por la CIA no surgió en 1959. La Agencia
desplegó una intensa actividad de inteligencia interna desde 1947, en
correspondencia con el alto grado de prioridad política y económica de
su gobierno hacia la isla, integrando una poderosa estación "legal"
dentro de la embajada de EE.UU. en La Habana, con una representación
operativa en el consulado de Santiago de Cuba y el apoyo de su
estación en Miami.
La CIA recomendó al gobierno del tirano Batista crear un aparato
represivo contra el movimiento comunista, incluidos los líderes de las
organizaciones políticas y estudiantiles considerados hostiles a sus
intereses, surgiendo así el criminal Buró Represivo de Actividades
Comunistas (BRAC); que brindó asesoramiento y entrenamiento a sus
sicarios y lo abasteció con medios de todo tipo. Las tres visitas a
Cuba en aquellos años del inspector general de la CIA Lyman
Kirkpatrick, evidencian el seguimiento y prioritaria atención de la
agencia a sus intereses operativos en el país.
La CIA intentó infructuosamente la creación de una "tercera fuerza"
política en Cuba, "un grupo moderado según palabras del oficial de la
CIA David Atlee Philips entre Castro a la izquierda y Batista a la derecha".
Ante este fracaso trabajó insistentemente en la posibilidad de
fomentar un golpe de Estado mediante las fuerzas armadas de la tiranía
para tratar de escamotear el inminente triunfo del Ejército Rebelde.
El 23 de diciembre de 1958, Allen Dulles en una sesión del Consejo
Nacional de Seguridad expresó: "Debemos prevenir la victoria de
Castro" Días más tarde triunfó la Revolución Cubana. Pero la CIA no se detuvo.
LA CIA CONTRA LA REVOLUCIÓN
Durante los primeros meses de 1959, la CIA promovió desde su estación
local en la embajada yanki en La Habana, la campaña de una supuesta
intromisión comunista en Cuba, reclutó reformistas proyanquis y
traidores, toleró bombar-deos de avionetas piratas que volaban desde
la Florida, organizó una conspiración armada que pretendió convertir
el sur de la provincia de Las Villas en punto clave de una invasión
mercenaria patrocinada por el dictador Trujillo.
Desde el último trimestre de 1959, intentó evitar a todo precio que
Cuba adquiriese armas para su defensa, apelando a presiones
diplomáticas en países europeos y al criminal sabotaje contra el vapor
La Coubre en marzo de 1960 que costó la vida a más de un centenar de
personas inocentes.
Para inicios de diciembre de 1959, ya había elaborado la concepción de
un plan subversivo que constituiría la base del "Programa de acciones
encubiertas contra el régimen de Castro" que fue aprobado por el
presidente D. Eisenhower el 17 de marzo de 1960.
El 18 de enero de 1960 la CIA organizó la Rama 4 (WH-A) en la División
del Hemisferio Occidental, como un equipo especial para dirigir la
operación cubana y fueron reforzadas las estaciones en Miami y La
Habana. El gobierno aportó cuantiosos recursos materiales y
financieros para la organización de bases de entrenamiento en
Centroamérica y la Florida y se inició la preparación de un ejército
mercenario, bajo la dirección del personal paramilitar de la agencia.
La CIA creó grupos y organizaciones de corte terrorista dentro y fuera
de Cuba, y puso a su alcance cientos de toneladas de explosivos y
armamentos que provocaron, según sus propios documentos
desclasificados, 110 atentados dinamiteros, la detonación de 200
bombas, 950 incendios y seis descarrilamientos en menos de seis meses.
Con posterioridad a la derrota de Playa Girón, el enemigo potenció las
capacidades subversivas de la estación CIA en Miami, surgiendo así el
programa JM WAVE para intensificar las acciones terroristas y de
espionaje contra la isla.
En aquellos años, con el patrocinio directo de la CIA, el gobierno
norteamericano promovió y armó un ejército irregular de 299 bandas y 3
995 bandidos y criminales en las montañas cubanas que causaron 549
muertes y miles de heridos. Todos aquellos actos fueron derrotados.
Ningún adversario había propinado hasta entonces tantas derrotas a la
CIA como el pueblo cubano.
ASESINAR A FIDEL
Según documentos desclasificados, durante la década de los años 60
tomó fuerza en la CIA y en algunos funcionarios de las
administraciones norteamericanas la creencia de que la desaparición de
Fidel por medio del asesinato contribuiría a una rápida solución del
"problema cubano".
Aquel insólito ambiente era perceptible en las conversaciones entre
funcionarios de la Casa Blanca y la CIA o entre oficiales de la
agencia con mercenarios de los grupos y organizaciones terroristas de
origen cubano que estaban bajo su control operativo.
La convicción de que matar al jefe de un Estado se correspondía con la
ética imperante dentro de la CIA durante las décadas de los años 60 y
70 se reflejó con fuerza en la propaganda subversiva enviada a la Isla
por diferentes medios, en la que se instigaba al asesinato de los
dirigentes revolucionarios, al sabotaje y a la rebelión.
Los funcionarios de la CIA interrogados por el Comité Church en 1975
sobre su participación en sus intentos magnicidas contra Fidel
declararon que: "consideraban que asesinar era un modo de actuar
permisible, por lo que declararon que creían que sus actividades
habían sido completamente autorizadas."
William Harvey, jefe de la unidad ejecutiva para asesinatos ZR-Rifle y
jefe de la Rama 4 de la CIA durante la Operación Mangosta entre 1961 y
1962, testificó que "creía que los atentados estaban completamente
autorizados".
Richard Helms -director de la CIA entre 1966-73- declaró en repetidas
ocasiones: que él creía que "una autorización explícita era
innecesaria para el asesinato de Castro a principios de los años 1960¼
las acciones que estábamos tomando contra Cuba y contra el gobierno de
Fidel Castro en Cuba, era lo que se nos había pedido que hiciéramos".
Estudios y documentos cubanos así como numerosos testimonios
demuestran que solo entre 1960 y 1967, el pueblo cubano y sus órganos
de seguridad frustraron más de un centenar de planes de asesinato de
extrema peligrosidad contra dirigentes de la Revolución, especialmente
contra Fidel.
Según documentos de la Comisión Church, en agosto de 1975 se reconoce
que el Gobierno cubano entregó una lista de 24 atentados fallidos de
asesinato contra su Presidente, en los que se alegaba el
involucramiento de la CIA. La Agencia respondió a la Comisión: "la CIA
no tuvo participación alguna en 15 de ellos, nunca tuvo contactos con
los individuos mencionados ni estuvo en contacto con ellos cuando
ocurrieron los incidentes mencionados". Que en los nueve restantes
habían tenido "relaciones operativas" con algunos de los individuos
mencionados "pero no con fines de asesinato".
¿Qué otra finalidad podían tener estas relaciones operativas con sus
agentes terroristas de origen cubano, en momentos que desataban una
cruenta guerra sucia y la orden de asesinar había sido dada desde 1960?
La minuciosidad del plan de asesinato organizado contra Fidel durante
su visita a Chile en 1972 demostró que el pensamiento brutal de
ZR-Rifle aun seguía vivo.
Años después, Fidel rememoraría aquel hecho: "Cuando fui a Chile, por
ejemplo, a raíz del gobierno de Unidad Popular, los elementos
entrenados por la CIA, además inspirados por la política de Estados
Unidos, organizaron una cacería a lo largo de mi recorrido por Chile"
En los años siguientes no se detuvo aquella obsesión criminal,
extendida hasta nuestros días.
El gobierno norteamericano engendró desde los años sesenta un monstruo
poderoso y sangriento para enfrentar al movimiento revolucionario
latinoamericano mediante operaciones encubiertas dirigidas por la CIA.
Decenas de mercenarios de origen cubano fueron enviados a estas
labores en Bolivia, Venezuela, Ecuador, Honduras, Nicaragua, El
Salvador, Costa Rica, y Chile. Estados Unidos les brindó jugosos
empleos como asesores de dictaduras pro-yankis en América Latina, en
regímenes sanguinarios, en aventuras mercenarias en África y Asia al
servicio de la CIA, y los utilizó en oscuras operaciones, entre otras,
el asesinato del comandante Ernesto Che Guevara en Bolivia, la
Operación Cóndor e Irán-Contras.
Aquellos "soldados de fortuna" se asentaron definitivamente en Miami,
Nueva Jersey y Nueva York, constituyeron sus propias bandas y grupos
violentos de una definida posición neofascista y convirtieron el
terrorismo anticubano en un lucrativo negocio, recibiendo total
inmunidad para provechosos negocios de contrabando de armas y drogas,
mientras que continuaban sirviendo a la CIA.
La CIA nunca se opuso a los actos de terror de estos grupos en
territorio de Estados Unidos, siempre y cuando estuvieran enfilados
contra Cuba. Pero la intensificación de los actos terroristas en
ciudades norteamericanas dirigidas contra representaciones cubanas o
instituciones y países extranjeros que mantenían relaciones
diplomáticas o económicas con Cuba provocó una difícil situación para
las autoridades de ese país.
La CIA intentó sacar de su territorio las acciones terroristas de los
grupos más criminales. En marzo de 1976 creó en República Dominicana
el denominado CORU (Coordinación de Organizaciones Revolucionarias
Unidas), que aglutinó a los grupos neofascistas más violentos en la región.
Dos meses antes había asumido funciones como director de la CIA George
Bush (padre). Aunque parezca una paradoja, los documentos de la CIA
consideran a George Bush como uno de sus "restauradores", por su "don
de gentes" y su reputación pública para elevar la moral y reparar el
daño político de la Agencia a mediados de los años setenta.
Sin embargo, el periodo de mandato de Bush al frente de la Agencia en
1976 es considerado como uno de los años de mayor actividad de terror
en nuestro continente en la segunda mitad del siglo XX. Los hechos
evidencian que la CIA y el gobierno norteamericano pudieron haber
evitado el monstruoso sabotaje a un avión civil cubano en Barbados,
que costó la vida a 73 personas y que fue perpetrado por Orlando Bosch
y Luis Posada Carriles, que fueron miembros de su plantilla.
LA CIA AL DESNUDO
Una denuncia pública del Gobierno Revolucionario en 1987 puso al
descubierto una intensa actividad de espionaje y subversión de la CIA
durante los últimos 15 años. Un total de 27 agentes de la seguridad
cubana que habían sido reclutados por la CIA para realizar acciones de
espionaje y subversión contra Cuba fueron descifrados públicamente y
desenmascarados decenas de oficiales de la agencia que habían
mantenido contacto secreto con los mismos.
Aquella contundente denuncia a la CIA, considerada como una de las
mayores realizadas contra la agencia en su historia, pero silenciada
por medios de prensa norteamericana ante el mundo, reveló la
permanencia de 38 funcionarios de la CIA dentro de la Sección de
Intereses Norteamericanos en La Habana (SINA) entre 1977 y 1987, así
como el descubrimiento de 113 miembros de los servicios especiales que
visitaron en tránsito nuestro país en ese periodo. Durante aquel
proceso fueron publicadas más de 100 fotografías de estos individuos.
Fueron revelados métodos clandestinos de inteligencia, la utilización
de una alta tecnología para las comunicaciones secretas, movimientos y
viajes de inteligencia en nuestro país de sus oficiales y el apoyo a
operaciones encubiertas de espionaje político, económico, guerra
económica y guerra biológica.
La intensa actividad subversiva de la CIA contra Cuba desplegada en
los años ochenta no fue casual. El entonces director William Casey,
experimentado ultraconservador, íntimo de Ronald Reagan, al que
afectuosamente, según documentos de la CIA, llamaba "Ron", intentó
relanzar la Agencia al estilo brutal de los sesenta. Reclutó viejos
oficiales vinculados al trabajo sucio, entre ellos a Félix Rodríguez
Mendigutía y más tarde al propio Posada Carriles, inició una guerra
encubierta en Centroamérica e involucró a su nación en el escandaloso
caso de Irangate, que puso al descubierto una gigantesca operación de
tráfico de armas y drogas y uno de los periodos más oscuros y
controvertidos de la historia de la CIA.
La Fundación Nacional Cubano-Americana (FNCA) surgió en 1981 por una
idea impulsada por Casey, convirtiéndola en poco tiempo en agrupación
madre de la ultraderecha terrorista de Miami.
LA NUEVA MANGOSTA
En 1991, nuestro país enfrentaba los embates de una compleja situación
económica. El gobierno estadounidense intentó acelerar aquella
"crisis" con la promulgación de la Ley Torricelli y más tarde, la Ley
Helms Burton, que multiplicaron el bloqueo y la guerra económica
contra Cuba. Aquella maniobra fue considerada por el propio enemigo
como el "golpe de gracia" a la Revolución cubana. En agosto de 1993 la
CIA había elaborado un estimado en el que expresaba: "Existe una
oportunidad mejor que nunca, para que el gobierno de Fidel Castro
caiga en los próximos años".
A estas acciones hostiles se sumó una escalada terrorista de
infiltraciones, ataques piratas e introducción de explosivos por parte
de grupos terroristas de la mafia de Miami y una secuencia de ataques
con bombas a la industria turística por comandos dirigidos por Luis
Posada Carriles desde Centroamérica, ante la tolerancia y complicidad
de los servicios especiales de Estados Unidos. La mayoría de aquellos
terroristas que llegaron a nuestro territorio fueron capturados y juzgados.
La SINA se convirtió en los años noventa en el principal centro de
operaciones de la contrarrevolución en Cuba para apoyar aquel nuevo
complot dirigido desde la Casa Blanca.
Estudios realizados estiman que solo entre los años 1998 y 2000,
visitaron el país más de 540 funcionarios norteamericanos en tránsito,
de los cuales cerca de un 30% fueron identificados como oficiales y
colaboradores de los servicios de inteligencia, lo cual brindó una
amplia cobertura a la SINA y a la CIA para sus acciones injerencistas
y provocadoras. Estas acciones fueron denunciadas públicamente ante el
mundo por nuestro pueblo y gobierno. La nueva Mangosta fue también
liquidada por nuestro pueblo.
¿Pueden acaso negar la CIA o el FBI su desconocimiento de los actos
terroristas ejecutados por el grupo paramilitar secreto de la FNCA en
estos años, incluidos numerosos complots de asesinato contra Fidel?
¿Puede negar que desconocía los propósitos de Guillermo Novo Sampol,
Gaspar Jiménez Escobedo o Pedro Remón Rodríguez, cuando públicamente
abandonaron Miami por vía aérea para participar con su viejo agente
Luis Posada Carriles, pocas horas después, en el terrible complot
magnicida en Panamá en el año 2000? ¿Cómo explica la CIA su compromiso
con uno de los terroristas más brutales de nuestro continente, que
goza de plena libertad en ese país?
EL PASADO PRESENTE
Hace solo un año la CIA era dirigida por Poster Goss, viejo operativo
de la JM WAVE en los años sesenta. Amigo y compañero de aventuras de
viejos ultraconservadores y terroristas con una larga hoja de
servicios criminales contra Cuba. En una entrevista brindada al
Washington Post en mayo del 2002 declaró: "Pienso que yo no me
sentiría cómodo con ir a Cuba". Goss se encontraba entre los
entusiastas invitados presentes en una recepción el 20 de mayo del
2004 en el Rose Garden de la Casa Blanca, donde George W. Bush recibió
a un grupo de mafiosos anticubanos encabezados por Luis Zúñiga Rey. Un
año después fue nombrado al frente de la CIA por el presidente, donde
permaneció hasta el 2006.
¿Acaso es esta la "agencia diferente" de que hoy nos habla el general
Michael Hayden? No son "tiempos diferentes". Nada ha cambiado en estos
días en los que la Agencia celebra sus 60 años. El lamento de sus
víctimas y el llanto de sus madres, esposas e hijos los acompañarán en
la celebración en Langley.
Nuestro pueblo conoce bien esta tenebrosa historia y se mantiene
preparado y alerta para defender la Revolución.
*Director del Centro de Investigaciones Históricas de la Seguridad del Estado
Salim Lamrani
La Asamblea general de las Naciones Unidas votó durante 15 años
consecutivos, con una mayoría cada vez más amplia, a favor del
levantamiento de las sanciones económicas que afectan gravemente a la
población cubana y particularmente a los sectores más vulnerables. La
comunidad internacional es unánime al respecto. En 2006, 183 países
condenaron el cruel e ilegal estado de sitio que impone Washington a
Cuba. En vano. El gobierno estadounidense permanece sordo y persiste
en aplicar una política inhumana, anacrónica e ineficaz, en vigor
desde julio de 1960 [1].
Las sanciones han costado a la economía cubana más de 89.000 millones
de dólares desde que se impusieron. En 2006 Cuba perdió cerca de 4.000
millones de dólares como consecuencia directa de esta política brutal.
No sólo la isla del Caribe no puede exportar ningún producto a Estados
Unidos, ni importar nada por otra parte, sino que ni siquiera tiene
autorización para efectuar operaciones comerciales con las empresas
estadounidenses instaladas en otros países, en flagrante violación de
la legislación internacional. Cuba no puede conseguir ningún crédito
de las instituciones financieras internacionales y tiene prohibido
usar el dólar en sus transacciones con el resto del mundo [2].
Desde su entrada en vigor, la política económica hostil de Washington
ha sido cada vez más severa, con la adopción de la ley Torricelli en
1992, la ley Helms-Burton en 1996, el primer informe de la Comisión de
Asistencia para una Cuba libre en 2004 y el segundo informe en 2006.
Así, ningún turista estadounidense puede viajar a Cuba bajo pena de
sanciones sumamente duras que pueden alcanzar 10 años de cárcel y
150.000 dólares de multa. En 2005 las sanciones que impuso la Oficina
de Control de Bienes Extranjeros (Office of Foreign Assets Control
OFAC) contra los ciudadanos estadounidenses que visitaron Cuba
aumentaron en un 54%. En cuanto a los cubanos residentes en Estados
Unidos, desde 2004 no pueden visitar a sus familias en Cuba más de 14
días cada tres años a condición de que obtengan una autorización del
Departamento de Tesoro. En 2005 el número de viajes disminuyó en más
del 50% con respecto a 2003 [3].
Las sanciones económicas han tenido también un impacto desastroso
sobre la alimentación de los cubanos. Entre mayo de 2006 y abril de
2007 originaron pérdidas por valor de 258 millones de dólares en este
sector. En efecto, Estados Unidos limita fuertemente la adquisición de
productos alimentarios. Con semejante suma Cuba hubiera podido
adquirir 180.000 toneladas de frijoles, 72.000 toneladas de aceite de
soja, 300.000 toneladas de maíz y 275.000 toneladas de trigo [4].
El campo de la salud también está afectado. La pérdida se evalúa en 30
millones de dólares en este sector. Así, el Instituto Cubano de
Oftalmología "Ramón Pando Ferrer" no pudo adquirir un equipo para el
estudio de la retina comercializado por la empresa Humphreys-Zeiss así
como el medicamento Visudyne distribuido por la multinacional
Novartis. Del mismo modo, los laboratorios Abbot se negaron a vender
el anestésico Sevorane destinado a los niños. El Departamento del
Tesoro también prohibió la venta de válvulas protésicas destinadas a
los niños que sufren arritmia cardíaca. Los campos de la educación, la
cultura, el transporte, la vivienda, la industria y la agricultura
también están gravemente afectados por las sanciones económicas [5].
Barack Obama, el candidato demócrata para las elecciones
presidenciales estadounidenses de 2008, ya se pronunció contra el
castigo económico impuesto a Cuba [6]. Christopher Dodd, senador
demócrata de Connecticut, también candidato, siguió sus pasos. Aseguró
que en caso de ser elegido levantaría las sanciones, abriría de nuevo
una embajada en La Habana, pondría fin a los programas subversivos e
ilegales de Radio y TV Martí y derogaría la criminal ley de Ajuste
Cubano que estimula la emigración ilegal. "Salvo la guerra de Iraq no
hay otra política estadounidense que sea más impopular en el ámbito
internacional", declaró, calificándola de "abyecto fracaso" [7].
El objetivo de las sanciones económicas que sigue siendo derrocar al
gobierno cubano fue definido claramente por Lester D. Mallory,
subsecretario de Estado asistente para los Asuntos Interamericanos, el
6 de abril de 1960, en un memorándum a Roy R. Rubottom Jr., entonces
subsecretario de Estado para los Asuntos Interamericanos:
"La mayoría de los cubanos apoya a Castro. No hay oposición política
eficaz [...]. El único medio posible para aniquilar el apoyo interno
[al régimen] es provocar el desengaño y el desaliento mediante la
insatisfacción económica y la penuria [...]. Hay que poner en práctica
rápidamente todos los medios posibles para debilitar la vida económica
[...]. Una medida que podría tener un impacto muy fuerte sería negar
toda financiación y entrega a Cuba, lo que reduciría los ingresos
monetarios y los salarios reales y provocaría el hambre, la
desesperanza y el derrocamiento del gobierno" [8].
No se trata más que de un intento de genocidio como lo demuestra la
Convención para la Prevención y la Represión del Crimen de Genocidio
del 9 de diciembre de 1948, que estipula en el artículo II que "en la
presente Convención, el genocidio se entiende como uno cualquiera de
los siguientes actos, cometidos con la intención de destruir, completa
o parcialmente a un grupo nacional, étnico, racial o religioso como
tal". Los puntos b y c aluden respectivamente al "atentado grave
contra la integridad física o mental de miembros del grupo" y al
"sometimiento intencionado del grupo a condiciones de existencia que
puedan ocasionar su destrucción total o parcial" [9]. No se puede ser
más claro.
El feroz acoso económico que dura desde hace cerca de medio siglo ha
fracasado en su misión. El gobierno revolucionario todavía está en el
poder y más sólido que nunca a pesar de la retirada temporal del
presidente Fidel Castro. La independencia de Cuba es una realidad que
sigue obsesionando Washington hasta el punto de hacerlo persistir en
una política tan cruel como irracional.
Notas
[1] CubavsBloqueo, «Resultados de las votaciones en la ONU en contra
del genocida bloqueo económico de Estados Unidos contra Cuba»,
septiembre de 2007.
http://www.cubavsbloqueo.cu/Default.aspx?tabid=1596 (sitio consultado
el 23 de septiembre de 2007).
[2] República de Cuba, «Informe de Cuba sobre resolución 61/11 de la
Asamblea General de las Naciones Unidas. Necesidad de poner fin al
bloqueo económico, comercial y financiero impuesto por EEUU contra
Cuba», 2007. http://www.cubavsbloqueo.cu/informe2007/index.html (sitio
consultado el 23 de septiembre de 2007), sección 6, Conclusión.
[3] República de Cuba, «Informe de Cuba sobre resolución 61/11 de la
Asamblea General de las Naciones Unidas. Necesidad de poner fin al
bloqueo económico, comercial y financiero impuesto por EEUU contra
Cuba», 2007. http://www.cubavsbloqueo.cu/informe2006/index.html (sitio
consultado el 23 de septiembre de 2007), sección 1.2.
[4] Ibid., sección 3.1.
[5] Ibi.,. sección 3.1., 3.2.
[6] Barack Obama, «Our Main Goal: Freedom in Cuba», The Miami Herald,
21 de agosto de 2007.
[7] Associated Press, «Dodd Would Throw Out Cuba Embargo as
President», 9 de septiembre de 2007.
[8] Lester D. Mallory «Memorandum From the Deputy Assistant Secretary
of State for Inter-American Affairs (Mallory) to the Assistant
Secretary of State for Inter-American Affairs (Rubottom)», Department
of State, Central Files, 737.00/4-660, Secret, Drafted by Mallory, in
Foreign Relations of the United States (FRUS), 1958-1960, Volume VI,
Cuba: (Washington: United States Government Printing Office, 1991), p. 885.
[9] Salim Lamrani, Fidel Castro, Cuba et les Etats-Unis (Pantin: Le
Temps des Cerises, 2006), p. 121.
-------------------
Salim Lamrani es profesor, escritor y periodista francés especialista
de las relaciones entre Cuba y Estados Unidos. Ha publicado los
libros: Washington contre Cuba (Pantin: Le Temps des Cerises, 2005),
Cuba face à l'Empire (Genève: Timeli, 2006) y Fidel Castro, Cuba et
les Etats-Unis (Pantin: Le Temps des Cerises, 2006).
Caty R. pertenece a los colectivos de Rebelión, Cubadebate y Tlaxcala.
Esta traducción se puede reproducir libremente a condición de respetar
su integridad y mencionar al autor, a la revisora y la fuente.
(TOMADO DE REBELION: www.rebelion.org)
La verdadera aspirina
Por Nuria Barbosa León
Periodista de Radio Progreso y Radio Habana Cuba
Es irrisorio lo que hace el gobierno de Estados Unidos para tratar de opacar la integración latinoamericana y la verdadera solidaridad internacionalista.
En informaciones publicadas hace unas semanas se dice que en un barquito, nombrado "USNS Comfort", radica un hospital flotante, que brinda servicios gratuitos de salud a la población empobrecida de Centroamérica y del Caribe, y que atracó en El Salvador, Perú, Ecuador, Colombia, Haití, Trinidad y Tobago, Guyana y Surinam.
Pregunto: ¿qué significan las siglas USNS confort? Tal parece que es el nombre de una brigada de marines que se aproximan a las costas con disfraz de médico y pistola debajo del cinturón, de todas formas algo hacen por la población saqueada y enajenada de esos países donde un médico es ilusión y espejismo.
La idea de crear un barco-hospital da a entender que el personal que viaja en él no puede contaminarse con la pobreza, nunca debe enterarse que existen familias que no tienen qué comer, que viven debajo de lonas, y que la muerte es el alivio a su tristeza. Parece ser que funciona igual a una aspirina, quita el dolor de cabezas pero no cura la enfermedad.
El barco llegó un poco tarde, --aunque nunca es tarde cuando la dicha es buenaSe creó después de conocerse a nivel mundial que 700 mil pacientes de 28 países recibieron cirugías de la vista gracias a la Operación Milagros devenida de los acuerdos del ALBA (Alternativa Bolivariana de las Américas).
Pero vale decir que desde 1962, Cuba inició la ayuda internacionalista en el sector de la salud y desde esa fecha 132 000 médicos, enfermeras y técnicos de la salud cubanos han prestado servicios en 102 países.
Pero actualmente más 31 000 colaboradores de la salud cubanos prestan servicios en 69 países. De ellos, 20 000 son médicos. A su vez se cuenta con un contingente de 1500 galenos que conforman la brigada Henry Reeve, especializados en catástrofes y situaciones de emergencia que trabajó Pakistán donde se montaron 32 hospitales, se atendieron más de un millón 800 mil personas y se salvaron 2086 vidas, en ocho meses de labor.
Semejante proeza se hizo en Indonesia donde otros 135 médicos atendieron a 91 000 pacientes y realizaron 1900 intervenciones quirúrgicas, algo similar ocurrió en Sri Lanka en el 2004 y en Guatemala en el 2005.
Los médicos cubanos, si pisaron tierra, y estuvieron en lugares apartados e inhóspitos, vieron las calamidades de los países del tercer mundo y aliviaron las penas de aquellos que la esperanza es un sueño sin colores.
Con toda esa ayuda solidaria no se ha pedido nada a cambio, ni siquiera han entrado a la Isla bienes de uso y consumo que tanta falta hace a los cubanos. Todo el que ha marchado a esas misiones lo hace de forma voluntaria y regresa convencido de que un mundo mejor es posible y viable bajo las condiciones del socialismo.
A su vez los que recibieron la ayuda médica se quedan muy agradecidos y con una deuda moral para con los cubanos, su vida les cambia y al menos duermen con la aspiración de que un alivio puede llegar desde cualquier rincón de la tierra, pero son los que un día se crecen ante la explotación dicen ¡Basta! Y comienzan a andar.
Construyendo otro desarrollo. Video, Duración: 28:19
La agricultura ecológica en Cuba
Cuba demuestra que sí se puede transformar el modelo agrícola completo
hacia la sostenibilidad. Video de colectivos ecologistas europeos.
http://www.rebelion.org/noticia.php?id=56791
Introducción
La marcha de China hacia un estatuto de superpotencia económica se ha acelerado en estos últimos años. A medida que la economía china se globaliza, algunos cambios fundamentales en sus mercados financieros han abierto nuevas oportunidades para la expansión en el extranjero, a la vez que han incrementado la amenaza de crisis financiera. Crecimiento dinámico, especulación financiera a gran escala y expansión exterior han ido acompañados de problemas sociales y económicos más profundos y extendidos, que podrían llegar a socavar el crecimiento sostenido y la estabilidad política.
El dinámico crecimiento económico y financiero de China
El mundo entero está ya al corriente del crecimiento prolongado y sin precedentes del PIB, las exportaciones, las manufacturas y otros sectores de la economía china, todos ellos con cifras de crecimiento anual de dos dígitos. Los economistas y los bancos centrales han tomado buena nota de las reservas de 1,5 billones de dólares estadounidenses, el monto del ahorro interno de 3 billones y el rápido crecimiento del número de millonarios y multimillonarios. Además, a pesar de las turbulencias de los mercados financieros europeos y estadounidenses de mediados de 2007, el superávit comercial chino para julio de este mismo año fue de 24.400 millones de dólares, una cifra récord; el crecimiento de las exportaciones fue de 34%, a pesar del aumento de las importaciones de petróleo y la reducción de las bonificaciones a los exportadores y el incremento de los tipos de interés. Se espera que el PIB de China crezca en casi 11% en 2007 (Financial Times, 20.7.2007), el mayor porcentaje de crecimiento del nuevo milenio.
Mientras, en Estados Unidos, políticos, expertos y jerarcas sindicales siguen despotricando contra las ventajas de los bajos salarios chinos (fuerza de trabajo barata) y el comercio injusto, Beijing avanza hacia un nuevo estadio más evolucionado del capitalismo fundamentado en la inversión a gran escala y largo plazo en I&D, inversiones a gran escala públicas y privadas en el extranjero: África, Asia y Estados Unidos, y grandes inversiones en industrias de alta tecnología vinculadas a las manufacturas. Los principales bancos y corporaciones de China se están abriendo al público, ofreciendo acciones a los inversores privados y consiguiendo con ello 52.000 millones de dólares en los primeros seis meses de 2007, con lo que China se ha convertido en el centro bursátil con mayor oferta de papel del mundo (Financial Times, 5.7.2007). Más de 1,3 billones de dólares de ahorros chinos están a punto de desembocar en los mercados mundiales de bonos y acciones con la creciente liberalizació
Los logros macroeconómicos de China y su capacidad para reducir la brecha que la separa de las antiguas potencias imperiales, como EE UU y la UE, ha suscitado hostilidad, ansiedad e iniciativas destinadas a socavar sus ventajas comparativas. Al plantear quejas que se aplican por igual, o más, a Occidente y a Japón, en relación con el medio ambiente, la seguridad de los productos y los derechos sindicales (más del 91% de los trabajadores del sector privado no pertenecen a ningún sindicato y la mayor parte de los trabajadores del sector público tienen un derecho limitado a la huelga, cuando no lo tienen prohibido), tanto EE UU como la UE intentan bloquear la emergencia de China como potencia económica mundial. El crecimiento sostenido de China, a pesar de una fuerte competencia por parte de zonas de bajos salarios y países de alta tecnología, la presión política del exterior y las tensiones sociales del interior, han planteado cuestiones que hasta ahora no han sido abordadas por sus críticos del exterior (que predicen consecuencias catastróficas insostenibles) y los celebrantes internos del actual modelo económico.
Los nuevos retos se deben, precisamente, al éxito económico del régimen chino, a medida que asciende la escala económica desde una producción intensiva en trabajo y de bajo valor agregado , a una producción de capacitación media y alta y a los servicios. A medida que China pasa de las plantas de ensamblaje y de una alta dependencia en la producción industrial a una manufactura plenamente integrada basada en tecnología propia, su fuerza de trabajo excedente, de baja calificación y compuesta mayormente por emigrantes del campo a la ciudad comienza a ser innecesaria, a medida que la escasez de trabajadores capacitados potencia la fuerza negociadora de éstos.
A medida que China diversifica su comercio, se vuelve menos dependiente (y vulnerable) de EE UU y más integrada en las economías de Rusia, Asia, Africa, América Latina y Oriente Próximo. A medida que el sector financiero chino se extiende en el propio país y en el mundo entero, y pasa de ser importador de capital a exportador de capitales, se enfrenta a nuevos retos y riesgos. Unos mercados bursátiles volátiles y unas inversiones arriesgadas en el extranjero pueden producir grandes beneficios o graves pérdidas, que a su vez pueden tener consecuencias importantes en la economía real china. Estos riesgos aumentan, a medida que el programa gubernamental de liberalizació
La liberalizació
No cabe duda de que el ímpetu de las políticas de liberalizació
Los objetivos de las políticas de EE UU y sus éxitos y fracasos relativos pueden resumirse así:
-
apertura de China a las inversiones a largo plazo y gran escala, y a la propiedad mayoritaria extranjera;
-
reducción amplia y generalizada de los obstáculos a los intercambios comerciales;
-
acuerdos sobre patentes y licencias y defensa y ejecución de los derechos de propiedad intelectual;
-
restricciones a las inversiones chinas en sectores económicos estadounidenses particularmente lucrativos;
-
legislación laboral e incrementos salariales y de los costos de producción;
-
esfuerzos para limitar la expansión económica de China en Africa (Sudán), Asia del Sudoeste (Irán), Oriente Próximo (Estados del Golfo) mediante planteamientos selectivos de cuestiones relacionadas con los derechos humanos;
-
presiones sostenidas y generalizadas para la reducción de las barreras a la penetración estadounidense en los mercados financieros, bancos, cajas de ahorros y empresas prestamistas y de inversión chinos.
La penetración y expansión financieras de EE UU en China constituyen el objetivo estratégico a largo plazo de Washington en su política económica. De hecho, la mayor parte de las restantes reclamaciones y demandas a China puede contemplarse como moneda de cambio para conseguir una apertura decisiva del sector financiero de China. Resumiendo la estrategia financiera imperial de EE UU, un primer paso consiste en conseguir la aquiescencia de China en la apertura a la compra de acciones por parte de grupos financieros, y conseguir así una cabeza de playa en cada subsector: bancos, firmas inversoras y consultorías de inversión, entre otras. Esta medida iría acompañada de una mayor liberalizació
El sector financiero es el sector económico dominante de EE UU y el más influyente políticamente. No es ninguna sorpresa que el anterior presidente y director ejecutivo de la firma de inversión Goldman Sachs, y actual Secretario del Tesoro, Henry Paulson, sea el hombre clave y principal estratega económico del imperio estadounidense en el Extremo Oriente. La táctica de Paulson consiste en potenciar las demandas proteccionistas de los fabricantes y los políticos demagogos de EE UU como herramienta de negociación para conseguir concesiones por parte de China en materia de apertura de su sector financiero y bancario a la penetración y eventual control por parte de EE UU. Hoy día, las principales firmas financieras, bancarias y de servicios afines han sustituido a los fabricantes como grupo dominante dentro de la clase gobernante de EE UU. Toda la carrera de Paulson está vinculada a Wall Street, y nuestro hombre ha demostrado su lealtad y sus propios intereses- en la lucha por una mayor liberalizació
La liberalizació
En China, los responsables de la formulación de políticas han dado numerosos pasos graduales hacia la apertura de sus mercados financieros al capital extranjero. La liberalizació
-
la entrada de la banca extranjera mejorará la eficiencia financiera, reducirá la corrupción, integrará a China en los mercados financieros internacionales y, en general, llevará a nuevos niveles las prácticas y la organización financiera del país;
-
la propiedad extranjera de bancos se producirá en asociación y bajo supervisión del Estado, por lo que estará sometida a la legislación china y estará al servicio de los intereses nacionales;
-
la inversión de las reservas exteriores chinas en los mercados internacionales en los mercados bursátiles internacionales producirá mayores rendimientos al Estado chino que mantenerlas en bonos del Tesoro. En cualquier caso únicamente 200.000 millones, de los 1,3 billones de dólares de reserva, serán asignados a la inversión en acciones
-
al invertir en otros mercados, China podrá garantizar su cadena de suministros vitales de energía, materias primas y alimentos, y también reducirá su superávit comercial y la negativa presión política de EE UU y EU; con la apertura del sector financiero, China conseguirá el respaldo de Wall Street y la City de Londres contra los proteccionistas, especialmente en EE UU, enfrentando a Paulson y Bernanke (jefe de la Reserva Federal) contra los senadores Clinton y Schumer, y otros demagogos demócratas presidenciables.
Estos argumentos favorables a la liberalizació
China ha dado luz verde a la expansión, las fusiones y las adquisiciones e inversiones en todo el mundo, en forma de socio minoritario de sociedades anónimas extranjeras (Financial Times, 31.5.2007), y ha abierto recientemente su mercado corporativo de bonos, con la eliminación de cuotas, a la vez que ha permitido que los precios de los bonos y los tipos de interés los establezca el mercado (Financial Times, 15.6.2007). En 2006, el sector bancario de inversión se abrió a Morgan Stanley, Goldman Sachs y UBS, que se han beneficiado de la multiplicació
La promoción de las inversiones privadas en valores ha conducido a la duplicación de inversiones en las compañías continentales hasta 7.300 millones de dólares en 2006, por encima de 2005. No obstante, el sector de inversión privada de valores ha estado dominado por los fondos gigantes estadounidenses, como el Carlyle Group y el Texas Pacific Group. En junio de 2007, Beijing abrió sus puertas a las adquisiciones extranjeras (Financial Times, 7.6.2007). Los bancos chinos se han vuelto hacia la gestión de patrimonio, atrayendo a clientes de mayor entidad en detrimento de los microcréditos, los productores agrarios de bajos ingresos y los pequeños productores.
China ha suprimido virtualmente todas las restricciones a la inversión extranjera en compañías chinas privadas, lo que ha conducido a la penetración extranjera en varios sectores clave. Durante los primeros cinco meses de 2007, los beneficios de los bancos extranjeros han crecido a razón de un 43% anual (400 millones de dólares) (Financial Times, 7.7.2007).
La apertura a las inversoras privadas ha estado sujeta a permanentes limitaciones, por las que las adquisiciones se reducen a porcentajes accionariales minoritarios. El Carlyle Group ha dado un primer paso con 800 millones de dólares en servicios financieros, medios de comunicación y manufacturas. Una vez establecidas como accionistas minoritarios, las grandes firmas financieras occidentales pueden acceder a más altos niveles de control. Algunos fondos de acciones y banqueros han conseguido acciones mayoritarias en pequeños bancos provinciales, evitando la oposición política, lo que da como resultado intentos de hacerse con acciones mayoritarias en bancos costeros más grandes. La principal táctica consiste en establecer vínculos económicos y políticos firmes y apalancar los lazos iniciales paulatinamente hacia espacios más amplios y mayores beneficios (Financial Times, 27.8.2007). La principal preocupación de toda la élite financiera angloamericana es conseguir un camino despejado hacia la captura de los ahorros de los clientes de los bancos. Barclay Bank optó por otro camino en su entrada en el mercado financiero chino, mediante la venta de 3,1% de su capital al China Development Bank. Barclays tiene ahora un socio financiero local influyente que le permitirá realizar adquisiciones en el mercado chino. La liberalizació
El capital extranjero occidental y japonés está entrando en el mercado de China por medio de un proceso de liberalizació
Los riesgos de la liberalizació
La apertura financiera de China potencia las amenazas de volatilidad de los mercados y las finanzas internacionales: el riesgo de un contagio de los inversores derivado de una baja súbita de los mercados de ultramar afectará las salidas en bolsa. Dentro del país, la liberalizació
Con el tiempo, la paulatina apertura cuantitativa a los inversores financieros extranjeros puede producir cambios cualitativos acumulados. Hay una probabilidad considerable de que la flexibilizació
Existen riesgos parecidos en las inversiones chinas en ultramar. Las decisiones de los bancos de inversión y las auditoras estadounidenses y británicos han costado ya al organismo inversor de China (CIC), además de unas jugosas comisiones, una pérdida de 400 millones de dólares en un mes, en una de sus primeras operaciones en el extranjero: la oferta pública de venta (OPV) de Blackstone, que obtuvo 3.000 millones de dólares de CIC a un precio de 31 dólares por acción. Los dos principales ejecutivos de Blackstone, Steve Schwartzmann y Peter Peterson, vendieron entonces sus acciones, consiguiendo con la operación más de 500 millones de dólares de beneficio. Con esta venta de iniciados, las acciones de Blackstone cayeron a menos de 25 dólares (23 dólares cada acción, a finales de agosto de 2007) y el Estado chino cargó con una factura enorme de lo que se consideró una operación legal pero cuestionable por parte de la alta dirección de Blackstone. La corta carrera de China como propietaria de acciones en el extranjero produjo una pérdida del 22%. Este ejercicio del CIC en el ámbito de las inversiones de alto riesgo y las altas pérdidas registradas a manos de magnates financieros estadounidenses es sólo la punta del iceberg. Todo el proceso de liberalizació
Alternativas a una mayor liberalizació
La liberalizació
Asimismo, ha facilitado las autorizaciones a empresas de seguros extranjeras, abriendo con ello para los grandes aseguradores occidentales un mercado de seguros personales multimillonario, y ha autorizado también a las compañías internacionales de valores a ampliar sus operaciones al comercio de propiedades y gestión de fondos (Financial Times, 24.4.2007). Además, ha abierto el sector multimillonario de las tarjetas de crédito a los bancos extranjeros, permitiendo que los bancos con participación extranjera emitan sus propias tarjetas de crédito y de pago denominadas en reminbi.
A medida que la liberalizació
El riesgo de que China registre grandes pérdidas en sus inversiones en valores de alta calificación, bonos y acciones queda patente con la actual crisis financiera desatada por la venta de hipotecas de alto riesgo, subprime, y que ahora se extiende ya a los mercados de las hipotecas consideradas seguras, y a otros valores.
La obviedad clásica de que el poder político sigue a la penetración económica, se aplica también a China. A medida que el sector financiero de EE UU y la UE entren en asociación con los bancos chinos, utilizarán muy probablemente su influencia sobre sus contrapartes para cooptar, sobornar y presionar a funcionarios locales y estatales, a fin de que liberalicen aún más y amplíen el acceso extranjero a las acciones, los bonos, los valores, y el ahorro de China, y eventualmente la propiedad total de sectores financieros estratégicos.
En contraste con el grave riesgo de perder el control político y económico y de sufrir pérdidas en sus inversiones como ha quedado demostrado con las pérdidas del CIC en Blackstone, de 400 millones de dólares, China tiene sólidas oportunidades de inversión, de bajo riesgo, en su propia economía nacional, que potenciarían el crecimiento a largo plazo y gran escala.
Cada año, China sufre importantes pérdidas económicas debidas al desmantelamiento del sistema de salud pública. Una de las mayores desgracias de la transición al capitalismo ha sido la privatización de los servicios de salud y la pérdida de toda cobertura médica para los cientos de millones de campesinos e inmigrantes rurales más pobres (Financial Times, 30.8.2007). Una inversión de 50.000 millones de dólares en un programa gratuito de salud pública en el medio rural, dotado de médicos y asistentes técnicos profesionales, medicinas de bajo costo y tecnología médica básica incrementaría la productividad y el gasto de consumo (que actualmente se ahorra para emergencias médicas), reduciría los molestos superávits comerciales con el aumento de las importaciones, y mejoraría los niveles de vida (OCDE, China 2005, p. 12). Asimismo, conduciría a la reducción del infanticidio femenino, por cuanto la inseguridad del acceso a los servicios médicos después del retiro es una de las razones por las que las familias rurales prefieren tener sólo hijos varones.
El sistema escolar chino, en el ámbito primario y secundario, ha sido privatizado con la introducción del pago de matrículas por los gobiernos locales y estatal. El resultado es una tasa de abandono escolar creciente entre las decenas de millones de niños pobres. "En los últimos cinco años, el número de chinos que no saben leer ni escribir ha pasado de 30 millones a 116 millones, con lo que se ha destruido el avance de años." (China Daily, 2.4.2007). El paso de una economía de baja calificación e intensiva en trabajo a una sociedad tecnológica más avanzada se verá obstaculizado por la falta de capacidades educativas básicas. Una inversión pública de en torno a 20.000 millones de dólares (de los fondos de inversión de 200.000 millones) tiene un riesgo bajo, es altamente productiva y genera empleo. La inversión en un sistema educativo gratuito y universal dará empleo a millones de maestros, directivos, empleados escolares y obreros empleados en la construcción y mantenimiento de las escuelas e instalaciones conexas, ampliará la demanda nacional de libros, ordenadores y material escolar.
Todos los principales grupos preocupados por el medio ambiente, los líderes políticos nacionales e internacionales y decenas de millones de trabajadores chinos y residentes han señalado los altos costos de la contaminación, tanto en términos de insalubridad como de pérdida de productividad y de tierra cultivable, agua potable y aire no contaminado. China podría invertir 100.000 millones de dólares en usos alternativos de la energía, edificios ... y la regulación y cierre de los contaminadores industriales y químicos. Según la Organización Mundial de la Salud, 705.000 personas mueren prematuramente cada año en China debido a la insalubridad del agua y el aire (World Book Report, marzo 2007, in Financial Times, 3.7.2007). Por cada muerte prematura, se puede considerar que hay varios centenares de miles de personas temporal o parcialmente incapacitadas por los agentes contaminantes. A la vez que los principales líderes han instado a los funcionarios locales a tomar medidas e impuesto criterios medioambientales en sus evaluaciones de rendimientos, la contaminación sigue creciendo. La estructura política descentralizada de China permite que los funcionarios locales transgredan las directrices nacionales y favorece que sigan promoviendo a los contaminadores locales. Solo mediante financiación y directrices nacionales administrados por comités medioambientales democráticamente elegidos, de los que formen parte consumidores independientes y especialistas en medio ambiente dotados de poderes policiales, se podrá quebrar la fuerza de la alianza entre los funcionarios estatales o locales y los contaminadores públicos o privados.
La dependencia de China de los mercados externos y de las inversiones offshore es resultado de la debilidad de su mercado interno, en gran parte producto de los bajos salarios y retribuciones, y la ínfima capacidad de consumo de trabajadores y campesinos. La debilidad del mercado interior en materia de bienes de consumo masivo es resultado de la gran concentración de riqueza e ingreso en el 10% superior de la población. China, junto a Nepal, ostenta las mayores desigualdades de todos los países asiáticos, mayores que Japón y 50% mayores que Taiwan o Corea del Sur (Financial Times, 9.8.2007). Los salarios mínimos, la limitación de horas de trabajo y una legislación de seguridad laboral incrementarán la capacidad y el tiempo disponible para la compra de cientos de millones de consumidores marginados de la economía nacional. China sería menos dependiente de las exportaciones, y se reduciría el malestar social y la posibilidad de levantamientos políticos. La inversión en mayores salarios reduciría los beneficios, el consumo conspicuo de las élites y la especulación bursátil. Asimismo, reduciría el superávit comercial y la búsqueda de inversiones exteriores de riesgo. China está en una encrucijada: la continuación de la liberalizació
Las reformas sociales y políticas destinadas a orientar las inversiones hacia el mercado nacional y reconstruir todo el sistema educativo y de salud son un elemento básico de la construcción de un socialismo con características chinas. La intervención, por medio de asambleas medioambientales elegidas localmente por la comunidad, a fin de liquidar a los contaminantes es necesaria para modernizar China y prepararla para una economía más avanzada.
El incremento de los ingresos y los impuestos corporativos de las nuevas élites extranjeras y nacionales es necesario para reducir las desigualdades y controlar las importaciones de lujo. Asimismo, reducir el poder de las clases dominantes del Estado y privadas evita el riesgo de arriesgadas tomas de control por empresas extranjeras de sectores económicos estratégicos por medio de las empresas mixtas.
El gigantesco salto económico de China a través de las inversiones públicas y privadas ha abierto un amplio y extenso debate sobre su futura dirección: se trata de elegir entre una liberalizació
QUITO: LANZAMIENTO DE «NUNCA ESTUVE SOLA», LIBRO DE LA HISTÓRICA COMBATIENTE Y DIPUTADA SALVADOREÑA NIDIA DÍAZ EN LA U. ANDINA
ALTERCOM
Este martes, en la capital ecuatoriana, se lanzará el libro «Nunca estuve sola» de la histórica combatiente y diputada salvadoreña Nidia Díaz, dirigente del FNLN, publicado por Ediciones La Tierra. El acto se realizará en la sede de la Universidad Andina Simón Bolívar, en la Av. Toledo, a las 18h30, con la presencia de la autora.
El conmovedor testimonio de Nidia Díaz penetra al lector en la bestial guerra librada por la oligarquía con el apoyo estadounidense contra el pueblo salvadoreño. La autora rebela con dramatismo pero con altivez su propio sacrificio por la liberación de la patria, sus prisiones, la tortura, las masacres impunes...
La entrada es libre.
Altercom saluda la presencia de Nidia en Quito y reproduce, a continuación, el capítulo 37 de NUNCA ESTUVE SOLA.
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NUNCA ESTUVE SOLA
37
Hoy hacía 10 años, en 1975, salimos a las calles más de 50,000 estudiantes y trabajadores. Luchábamos, como ahora, contra las medidas represivas del gobierno. En aquel entonces habían violado la autonomía al allanar los recintos del Centro Universitario de Occidente, donde los estudiantes se preparaban para realizar un desfile bufo con ocasión de las fiestas de Santa Ana.
El entusiasmo de la juventud era grande. Cuando existe al necesidad de denunciar un régimen como el del coronel Molina, cualquier medio y momento es oportuno. Los desfiles bufos son formas de expresión crítica contra el gobierno, las distintas manifestaciones del abuso de poder y de la corrupción.
El régimen había anunciado que si salíamos a las calles, nos atuviéramos a las consecuencias. Por la indignación era tal que, pese a las amenazas, nos volcamos alas calles en abierto desafío. Era el momento de luchar por nuestros derechos. No habíamos organizado en tres bloques.
La primera Brigada de Infantería de la Guardia Nacional había montado todo un operativo. Al avanzar, las tanquetas comenzaron a chocar contra el primer bloque de estudiantes de secundaria, aplastando a muchos de ellos. El pánico era grane. Era un pueblo desarmado que se enfrentaba a granes medios sofisticados.
¿Cuántas veces se repetirían estas masacres? En 1974, los levantamientos campesinos de La Cayetana, San Francisco, Tres Calles y Chinamequita fueron reprimidos salvajemente. Se había iniciado un proceso institucional de fascistización. El 28 de febrero de 1977, el pueblo se tomó la Plaza Libertad, grandes sectores estaban en huelga y se preparaba un paro general. El pueblo luchaba para que se respetara su voluntad, pues había llevado al triunfo electoral a los candidatos de la Unión Nacional Opositora (UNO). Pero el regimen impuso, con el fraude más descarado de la historia, al militar Humberto Romero. La bayoneta y la sangre lo impusieron, decretando inmediatamente un estado de sitio que duró hasta octubre de 1979. El estado de sitio se volvió a implantar en 1980 y duraba hasta la fecha. Esa matanza no fue tan fácil. La respuesta de los sectores más avanzados del pueblo se hizo sentir. Con una mínima preparación y condiciones, hubo combates populares durante todo el día en San Salvador.
A estas agresiones represivas siguieron otras en 1979 y 1980, años en los cuales se inició el genocidio abierto contra el pueblo. El pueblo fue masacrado abiertamente el 22 de enero de 1980 y durante el entierro de Monseñor Romero en marzo del mismo año. Después siguió la carnicería de El Mozote, en diciembre de 1981, la cual dejó mil muertos, ya en un marco de generalización de la guerra, cuando el genocidio era el eje central de la represión. A partir de 1980, la democracia cristiana, aquella con la cual las fuerzas democráticas y progresistas se habían aliado en la UNO, por la que nuestro pueblo había luchado para que combatiera la represión, era la que ahora lo reprimía con Duarte a la cabeza. Hubo otras matanzas en los años subsiguientes: Sumpul, Calabozo,Copapayo y tantas otras, y las que seguramente vendrán mientras no alcancemos nuestra liberación.
He visto correr tanta sangre a mi lado. Me ha chispead muchas sangre de seres queridos caídos a la par mía. Con todos ellos y por ellos estamos haciendo esta historia.
El 30 de julio de 1975, el bloque en le cual iba quedo atrapado en el puente del Seguro Social. Los efectivos comenzaron a lanzar gases lacrimógenos y a ametrallar. Volví a sentir la misma impresión que en las jornadas de ANDES en 1971. Las balas saltaban por todos lados. A par mía cayó un dirigente estudiantil, Carlos Fonseca, estudiante de sociología. La Asociación de Estudiantes de Sociología recogió su nombre. Era todo un tumulto. Muchos morían. Otros quedaban herios por las balas y las navajas que portaban los escuadrones de la muerte infiltrados entre nosotros. Otros logramos salir del cerco. Con otros compañeros, me replegué a un estacionamiento. Entre ellos, andaba Salvador Guerra, quien ahora es comandante del FMLN.
Los que aun estamos vivos, recordamos este hecho histórico y las jornadas posteriores. El 1 de agosto, después de la misa por los 16 compañeros muertos y los 24 desaparecidos , como una medida de protesta y de presión para que se llevara ante la justicia a los responsables del hecho, todos los sectores populares representados en un comité coordinador, ocupamos por primera vez la catedral. Tuvimos que recurrir a esta medida porque nuestras voces desde el templo podrían ser escuchadas.
Eramos un grupo como de 60 personas entre sacerdotes, maestros, campesinos, estudiantes, obreros. A mi me toco formar parte del organismo de dirección interno. Algunos de estos compañeros también se integraron al FMLN.
En medio de esta jornada de lucha, conoci a Ruth. En aquel momento no eramos muy amigas. Era la etapa de la dispersión político-ideológica y organizativa. Estabamos entrando en la etapa de constitución de las organizaciones revolucionarias de masas. Pasamos 5 años, de 1975 a 1980, luchando por la hegemonía, por ver quien s convertía en vanguardia.
Prácticamente ya estaban conformadas las cinco tendencias que, posteriormente, en el 80, formaría el FMLN. Ya se había dado la división entre el Ejercito revolucionario del Pueblo (ERP) y la Resistencia Nacional (RN).Esta última estaba adoptando su propia fisonomía. El Partido Revolucionario de los Trabajadores Centroamericanos se configuraba como organización, impulsado por uno de los núcleos que inicialmente constituyeron al ERP en 1970-1971.
A Ruth la volví a encontrar en 1984 en Chalatenango. Estabamos mucho más maduras. Estabamos en una situación cualitativamente superior a la de aquellos años. En 1985, la vi nuevamente; pasó 3 días en mi campamento. Ruth era miembro de la dirección central de las FPL. Habíamos tenido una serie de intercambios bilaterales que fortalecieron la unificación del pensamiento estratégico y la metodología a aplicar en las diversas escuelas político-militares.
Ruth era una mujer sencilla. La caída de su hermana Eugenia , lejos de desmoralizarla, la había comprometido mucho más. La admiraba como revolucionaria, como amiga y como mujer. Al igual que todos estaba separada de sus tres pequeños hijos y de su compañero a quienes tenía muchos meses de no ver. Pero a pesar de estas condiciones, su núcleo familiar se consolidaba. Era muy segura de si misma, con una alegría contagiosa y de gran facilidad de expresión. Recuerdo que después de regresar del diálogo de la Palma, fui a dar una charla a una escuela de formación político-ideológica y ella me dijo, muy quedito:
-te felicito por haber id al diálogo; has representado a las mujeres. Vos fuiste no solo en nombre de nuestra vanguardia; sino que evidenciaste el nivel de participación de todas nosotras, nos representaste. Gracias.
Y me dio un beso. Sus palabras me estremecieron. Una a veces no se da cuanta del significado de las cosas que hace.
Ella era 2 años menor que yo, de mi estatura, esbelta, blanca, ojos color almendra que combinaba con su tez y de mejillas sonrosadas. Era muy bonita. Siempre lo pensé. Sus capacidades y cualidades la hacían más bella.
Los días que pasamos en catedral fueron tensos y posibilitaron saltos de calidad en la lucha del pueblo. Afuera se mantenían miles y miles de personas concentradas. Siempre había compas informando., Desde adentro, denunciábamos la represión y anunciábamos los pasos que se iban dando.
El ejercito estaba alrededor, pero no se atrevía a reprimir, aunque amenazaba. Por primera vez la tradicional imagen del Divino Salvador del Mundo, que se conserva en al catedral, no salió en la procesión. Usaron otra imagen parecida. En la catedral no se tuvieron los actos de culto tradicionales. Eran días de fiestas patronales. Días de asueto y de fiestas, había juegos y desfiles de carrozas. Pero este año hubo duelo y lucha.
Miles de mujeres vestidas de negro se manifestaron por las calles de San Salvador, exigiendo la renuncia de los militares responsables. Arturo Armando Molina, por segunda vez, era repudiado por el pueblo.
Esta coyuntura hizo posible la coordinación de toda las organizaciones del movimiento popular en el Comité de Organizaciones Populares (COP) "30 de Julio" Recuerdo que una noche nos reunimos n el sótano de la catedral con la secretaria general de "ANDES 21 de Junio", Melida Anaya Montes. Llegó a informarnos sobre el desarrollo de la situación,: Fue la segunda vez que la vi.; la primera vez fue en 1971 en la marcha magisterial. El lugar era muy estrecho y nos sentamos en el suelo, con una vela en el centro, pues no teníamos luz.
El 6 de agosto en la noche, después de llegar a un cuerdo con el regimen de Molina, gracias ala mediación de la iglesia, desocupamos la catedral. El arzobispo en ese momento era Monseñor Chávez y Gonzalez. El equipo de dirección interna, en otro local, junto con los representantes de todos los sectores populares, evalúo los hechos y las medidas a impulsar en las nuevas condiciones.
El "COP 30 de julio" fue muriendo poco a poco, pues la misma situación de dispersión y de lucha por la hegemonía de las organizaciones revolucionarias, lo fue minando. Pero aquel momento fue muy importante; habían meses de trabajo de cada sector nacional y de las diferentes fuerzas, cada una con su estrategia y su táctica.
En el marco de esta lucha fue donde surgió el Bloque Popular Revolucionario (BPR) y la división del Frente de Acción Popular Unificada (FAPU) se agudizó.
Los pretextos no faltan: el choque de civilizaciones, la lucha antiterrorista, el «eje del mal»...
EL SEÑOR DE LA GUERRA
Altercom*
Juan Carcelén*2 de octubre de 2007
Albert Einstein al llenar un formato de inmigración, se topó con el casillero «RAZA»; haciendo gala de su ingenio contestó: "HUMANA".
Los constantes episodios protagonizados por ciertos ejemplares bípedos que se creen humanos, alcanzan niveles de macabro surrealismo que avergüenzan hasta los tuétanos. Sin embargo, la cotidianidad ha limado las espinas que roían la conciencia, y hasta la prensa los relega a «cortos» de la crónica roja.
Vivimos ahogados en nuestras inmediateces o alienados por banalidades mundanas que nos mantienen en la más cómoda de las indolencias. Pero al virar cualquier esquina nos espera la bofetada de hechos y episodios que nos despierta a realidades superiores a nuestra mediocre intrascendencia.
Pasan desapercibidos noticias y reportajes espantosos sobre lo que esta santa y jamás bien ponderada civilización occidental judeo-cristiana, por siglos ha cometido contra todo un continente, con una dedicación sádica en la que se ha empozado el odio de dios contra su pobre gente.
No está lejana la masacre de un millón de tutsis en Rwanda ante la mirada impasible e hipócrita de la ONU, ni la reciente en Darfur con medio millón de víctimas, sin olvidar las de Monrovia, Sierra Leona, Mozambique, Nigeria, Somalia o , es difícil excluir algún país del mapa atormentado de África.
Ahora la mira apunta al Medio Oriente. Los pretextos no faltan: el choque de civilizaciones, la lucha antiterrorista, el «eje del mal», tienen ninguna o relativa validez, pero atrás está el aliciente irresistible para los buitres dueños de todo.
Son los malditos negocios del petróleo y de las armas, padre y madre de esta pandemia, cuyas fabulosas utilidades están en proporción directa de las decenas de millones de cadáveres que se acumulan como lastre desechable en los pasivos empresariales.
Con singular crudeza, la película «Lord of war» (Nicolas Cage) pinta el cinismo y el imbatible poder que mueve la producción y tráfico de armas. Al final, la impunidad impera, porque los «ilegales» son apenas un apéndice de lo que se considera oficial.
Mr. Bush da el nombre al film, aunque sólo se lo menciona al final.
La impavidez convalida el estigma que sentenció Gallegos Lara: "No podemos ser dichosos sin ser canallas", rescatada en el poema «La paz» de Euler Granda.
Altercom
Agencia de Prensa de Ecuador. Comunicación para la Libertad.
Juan Carcelén
Ingeniero ecuatoriano y articulista de opinión, especialista en temas ambientales.
www.altercom.org/article151849.html
Ecuador: Acuerdo País asegura mayoría en Asamblea
Eduardo Tamayo G.
ALAI AMLATINA, 01/10/07, Quito.- Tras el contundente triunfo alcanzado
por Acuerdo País en las elecciones de ayer (30 de septiembre) que le
permitirá contar con una cómoda mayoría en la próxima Asamblea
Constituyente, el Presidente Rafael Correa anunció que dialogará "con
todos los grupos que sinceramente buscan el bienestar del país".
Correa señaló a los corresponsales de la prensa extranjera que "ahora
que hay un equilibrio de fuerzas" se sentará a conversar con la banca en
función de bajar las tasas de interés y con los empleadores para que
puedan hacer negocios pero para "decirles claramente se acabó la
explotación laboral, se acabó esa alcahuetería llamada terciarización o
esa explotación llamada trabajo por horas".
El Presidente, igualmente, se mostró muy crítico con la propuesta de la
Confederación de Nacionalidades Indígenas del Ecuador, CONAIE, de
instalar la Asamblea Nacional de los Pueblos del Ecuador en la ciudad de
Montecristi, sede de la Asamblea Constituyente.
Luego de señalar que el movimiento indígena ha cometido errores y que la
CONAIE no es la única organización indígena, acusó a la dirigencia de
tener "una visión demasiado etnocéntrica , excluyente". "Bienvenida su
propuesta pero cuidado que se quieren imponer sobre las grandes
mayorías, dentro de las grandes mayorías también están indígenas, porque
han perdido gran cantidad, capacidad de representación ( ..) una
asamblea paralela indígena nos parece un completo absurdo, totalmente
fuera de lugar, si quieren hacer veeduría ciudadanía qué mayor veeduría
la que ha sido elegida por los ciudadanos, pero en todo caso, si quieren
hacer veeduría ciudadana maravilloso que concerten con el resto de la
sociedad", señaló Correa.
Los resultados
Según el conteo rápido de votos reales realizado por Participación
Ciudadana, Acuerdo País contaría con 71 escaños, de las cuales 15 son
nacionales y 56 provinciales. El total de Asambleístas es de ciento
treinta, incluyendo a 6 representes por los migrantes, cuyos resultados
aún no se conocen. El conteo de Participación Ciudadana tiene un
carácter extraoficial. En unos 10 días el Tribunal Supremo Electoral
dará a conocer los resultados oficiales, cuya tabulación reviste una
gran complejidad dada la gran cantidad de candidatos que participaron en
las contienda.
El segundo lugar en la Asamblea ocuparía el Partido Sociedad Patriótica
(PSP) que dirige el expresidente Lucio Gutiérrez y su hermano Gilmar
(7,1% de los votos), el PRIAN del magnate bananero Alvaro Noboa (6.7%),
el Partido Social Cristino (4.2%), de acuerdo a participación Ciudadana.
Con porcentajes menores, estarán representados en la Asamblea, el
Movimiento Popular Democrático, Red Ética y de Democracia, movimiento
UNO, entre otros.
La derecha, en general, ha salido golpeada en esta contienda, habiéndose
frustrados sus planes de boicotear la Asamblea. En la provincia del
Guayas, la más poblada del Ecuador, se perfila un retroceso
significativo del Partido Social Cristiano que ha controlado por muchos
años tanto la Alcaldía de Guayaquil como la prefectura del Guayas,
habiendo ganado Acuerdo País que alcanzaría 8 de los 16 curules. El
partido de gobierno, por otro lado, desplazó a la Izquierda Democrática,
de tendencia social demócrata, de ciudades como Quito y Cuenca y de
provincias de gran población como Pichincha y Azuay.
A la tendencia de izquierda tampoco le fue bien en estas elecciones. El
recientemente creado Polo Democrático, que agrupa a los sindicatos
petroleros y otras organizaciones sociales, al parecer no logrará estar
representado en la Asamblea. Pachakutik tendría una escasa
representación (dos o tres asambleístas) habiendo perdido terreno en
provincias de fuerte composición indígena como Cotopaxi, Bolívar o
Chimborazo. El que saldrá bien librado en esta tendencia es el
Movimiento Popular Democrático que alcanzaría entre 3 y 7 asambleístas
gracias a su campaña que "prometía ratificar a Correa y disolver el
Congreso".
La tarea fundamental de la Asamblea Constituyente, que se instalará a
fines de octubre, será la elaboración de una nueva Constitución que
sustituya a la que actualmente está vigente y fue aprobada en 1997/1998.
Si bien esta última, reconoció algunos derechos sociales, introdujo
normas para aplicar el modelo neoliberal y la privatización de áreas
estratégicas y bienes esenciales, estableciendo, además, el marco legal
para la entrega de los recursos naturales a las transnacionales y el
reparto de las instituciones del Estado como botín político.
Como se trata de una Asamblea de plenos poderes, el partido de gobierno
propone que disuelva el actual Congreso, cuyos niveles de aceptación
popular son sumamente bajos.
En sustitución del parlamento, el presidente Correa sugiere que la
Asamblea nombre una comisión legislativa que se encargue de aprobar,
entre otras, las leyes orgánicas claves en temas sociales, económicos,
institucionales, tributarios, etc. que complementaría y darían
viabilidad a la nueva Constitución. Esta comisión duraría el tiempo que
dure la Asamblea. Los nuevos parlamentarios se elegirían después de la
consulta popular que deberá convocarse para aprobar la nueva
Constitución. Dado que Acuerdo País contará con la mayoría absoluta para
tomar decisiones, la suerte del Congreso parece estar echada. El
asambleísta nacional electo por Acuerdo País, Alberto Acosta dijo que el
Congreso "tiene que entrar al menos en receso y sobre eso esperamos
simplemente la comprensión de los señores diputados, que deberían ellos
mismos, por dignidad, establecer algún mecanismo para no generar más
confrontaciones en el país".
Algunas propuestas
Alberto Acosta, señaló que primera vez en mucho tiempo en la historia
ecuatoriana un solo movimiento logra un reconocimiento nacional.
"Estamos representados en todas las regiones del país y
mayoritariamente, yo creo que esa es una señal de unidad nacional y de
voluntad de cambio", agregó.
Acosta, que ha sido postulado para ocupar la Presidencia de la Asamblea,
se refirió a algunos de los ejes que impulsará su movimiento en la
Asamblea.
"Planteamos una revolución económica, señaló, en la que hemos dicho con
claridad, queremos propietarios no monopolistas, vamos a combatir a los
monopolios y a las prácticas oligopólicas, vamos a controlar el mercado,
queremos también una sociedad de productores no de especuladores ( )
queremos recuperar espacios de soberanía para nuestra política
económica: la soberanía alimentaría, la soberanía energética, la
soberanía ecológica que es fundamental, recuerden que aquel país que
pierde el control de su naturaleza, pierde el control de su economía y
pierde el control de su política.
"Hemos hablado también de una revolución social, vamos a combatir
frontalmente, la inequidad, la miseria y la pobreza, educación y salud
gratuitas y de primerísima calidad, son derechos humanos que habrá que
plasmarlos en la Constitución y en la práctica de los futuros gobiernos.
"Queremos combatir el racismo, como queremos combatir el hecho de que
existe en nuestro país el machismo, queremos una sociedad con equidades,
porque ese es el camino para fortalecer la democracia y la base para el
desarrollo.
"También hablamos de una revolución ética, somos claramente frontales al
respecto, vamos a combatir toda forma de corrupción, entendida esta como
abuso del poder. Haremos todos los esfuerzos para que las sanciones sean
ejemplarizadoras para que no haya impunidad, para quienes han robado los
recursos del Estado".
De otro lado, el vicepresidente de la República, Lenin Moreno, se
refirió a la necesidad de que la Asamblea Constituyente adopte leyes
para brindar seguridad jurídica a un millón 600 ecuatorianos que sufren
de discapacidad. Moreno, quien quedó inválido a raíz de un asalto y se
desplaza en una silla de ruedas, señaló que aún antes de que se instale
la Asamblea, el gobierno ha destinado un elevado presupuesto de "ayudas
técnicas que les permitan equiparar sus oportunidades".
La cineasta Tania Hermida, que de acuerdo a los resultados
extraoficiales, habría sido electa asambleísta nacional por Acuerdo
País, dijo que irá a la Asamblea a colocar el tema de los derechos
culturales como derechos humanos. "Ese es un tema que todavía no se ha
colocado en el tapete político del Ecuador y ahora es cuando lo podemos
poner en el debate: el tema de la política cultural como una política de
Estado, que apunta a tener una población con capacidad para crear sus
propios referentes simbólicos, también muy vinculado al tema de los
medios de comunicación, es decir , recuperar la soberanía simbólica del
país, recuperar el espacio simbólico, recuperar el espacio de producción
y reproducción de referentes culturales".
Más información: http://alainet.org
ALAI - 30 AÑOS
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Agencia Latinoamericana de Informacion
email: info@alainet.org
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